Beeem, hoje entrei de férias, estou contente!
Vou poder descansar, dormir mais um bocado, e aliviar do stress, embora ainda vá ter umas quantas preocupações.
O dia até nem correu mal.
Começou com muita gente a cumprimentar-me com um grande sorriso, depois de eu ter faltado ontem.
Fizemos a auto-avaliação a Educação Física, e tal como eu suspeitava, desci a nota devido à porcaria dos trabalhinhos de Natação.
Como é óbvio, a pior coisa que me podia acontecer era praticar natação: vestir aqueles calçõezinhos minúsculos e que mostram TUDO, expor-me ridiculamente em frente aos meus colegas. Ter de mostrar o meu corpo era uma ideia horrivel de suportar.
Por essa razão, a Drª Márcia passou-me um atestado em como eu não podia praticar essa modalidade, ficando dispensada a todas as aulas que lhe fossem dedicadas.
Durante este período, todas as terças-feiras, a professor mandava-me fazer uns trabalhos completamente absurdos na biblioteca da escola. Eu não sabia como se faziam certas coisas, ela não me explicava e eu que me desenrascasse.
Vou ter 14 no final do período -uhu!
A Geometria Descritiva, fizemos a auto-avaliação e tal: vou ter 10.
Quem diria... de 18 passei para 10.
O professor, uma vez mais, fez questão de sublinhar que eu o desiludi, muito!
De facto isso faz-me sentir bem melhor, e quando a motivação já é pouca, isso ajuda a "aumentá-la"! (ironia)
Seguiu-se Português. Vou tirar 10 também, mas já era de esperar, com a porcaria de notas que tirei.
As notas estão dadas, resta deitar fora todos os problemas e estabelecer uma maior concentração na escola no próximos períodos.
Heis que chegou o final do dia: FÉRIAS!!
Yeeay, que alívio! Não suportava mais este ritmo e estas preocupações!
Em Janeiro lá estaremos outra vez, mas até lá há tempo para descansar, recuperar as horas de sono perdidas, e tentar divertir-me um bocadinho.
Para passarmos os nossos últimos momentos juntos, eu e mais umas amigas fomos ao cinema, na sessão das 17:15, ver o filme AVATAR, do qual falarei mais tarde.
Adorei o filme, fez-me muito bem! Saí de lá com a imaginação a flutuar, com o coração a mil à hora!
Entretanto tive de esperar uns 20 minutos para o meu pai chegar, para me levar para casa.
Quando chegou, tive de o chamar à atenção para uma manobra que ele fez na estrada, que não estava certa, que era proibida, mas o que é que ele fez?? Bem, gritou, resmungou e disse que não tinha culpa se os outros faziam mal.
Uhu, espectacular!
Depois, pelo caminho, queixou-se disto e daquilo, que tinha dito à minha mãe que a partir de agora ele ia fazer uma vida completamente individual: ele fazia as coisas dele e nós que nos safássemos. (
Deixei-o queixar-se e reclamar, mas a certa altura as coisas ficaram-me entaladas e eu senti a necessidade de deitar cá para fora aquilo que já ando a remoer há imenso tempo. Disse o que devia, e disse o que não devia.
Não disse tudo o que queria dizer, mas o suficiente para ele se chatear, e o suficiente para me deixar em lágrimas assim que cheguei a casa.
A certa altura disse que se era para nos fazerem (a mim e às minhas irmãs) aquilo que estavam a fazer, que mais valia nem nos terem trazido ao mundo. Disse-lhe que eles os dois eram egoístas, e que parecia que se esqueciam que tinham filhas.
Disse-lhe que estavam a destruir o futuro da minha irmã mais velha, que ela não ia conseguir contruir uma vida boa como podia, e que estavam prestes a destruir a minha também.
Ele disse que se eu não conseguisse ter um bom futuro, era porque não me tinha empenhado.
Foi óptimo ter ouvido isto, tendo em mente que o mais certo é eu não ir para a universidade porque as dívidas dos meus pais lhes sugam todo o dinheiro, e não vão tê-lo para me pagar os estudos.
Okay, vou para o desemprego o resto da vida, a não ser que consiga um cantinho como vendedora da Tupperware, ou da Oriflame, ou quem sabe a fazer bordados para fora.
Quando falei das dívidas que eles formaram e do constante aumento das mesmas, sabem o que me respondeu? Algo do género: "Se nos individámos, foi para vos dar uma vida boa!".
Uma desculpa completamente esfarrapada, sem pés nem cabeça, apenas para se safar à culpa, e despachá-la para nós.
Engraçado que grande parte dessas dívidas venham de quando eu tinha 5 anos , e a minha irmã 11.
O problema é que não souberam gerir o dinheiro, quiseram viver uma vidinha de luxo, heis o luxo.
Enfim, chegámos à porta de casa, ele berrou-me, eu saí do carro e dirigi-me à porta de casa, e ele acelerou a fundo, de tal forma que me deixou com medo de que ele podesse ter algum acidente ou fazer alguma asneiras. Felizmente chegou são e salvo a casa.
Enfim, a nossa vida está completamente por baixo. Qualquer dia cortam-nos a luz e a água, depois é que vai ser de cortar à faca.
Sugestões, precisam-se.
Etiquetas:
Escola,
Família,
Outros
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário