Diário 2

Que raaaaiva!! -fuuu

Well, well, well...
Hoje senti-me tão perseguida, tão encurralada!! O__O
Comecei o dia e passei a manhã nervosa por causa da apresentação que ia ter de fazer em frente à turma, a Inglês. Não é que eu tenha dificuldades em Inglês, pelo contrário. O facto é que não estava devidamente preparada (também não era assim tão difícil, vá!), e a vergonha bloqueava-me.

Contudo, e embora eu diga que a coisa me correu mal (até porque me engasguei um bocadinho e tal -haha), todos dizem que a minha apresentação foi muito boa. Vou confiar!


Essa foi a última aula da manhã. Eu juntamente com três "amigas"(1) - inserir ironia aqui - saímos da escola, rumo ao Fórum, para almoçarmos.
Durante o percurso, uma delas (que é muito unida à que respondeu a seguir a ela), vindo do nada, faz-me uma observação que eu ODEIO ODEIO ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS.
Foi algo do género:

Inês: André, tens de cortar o cabelo!
Carolina (atrás de mim): Pois!
Eu: -.- Ãhn? Porquê?
Inês: Porque...
(nem a deixei responder, quando me saltou a tampa, pois já não é a primeira vez que estas duas mo dizem)
Eu: EPAAH! Olha, desculpa lá, mas o que é que vocês têm a ver com isso? Isso é pessoal, eu é que sei se corto o cabelo ou não, vocês não têm nada de opinar sobre o assunto! ò_ó

Resultado: Ficaram de trombas!


Depois, chegando ao Fórum, separámo-nos, pois eu tinha de ir a um outro sítio.
Depois de comprar o que tinha a comprar, e depois de me ter deparado com um grupo de gente que não me agrada nada, lembrei-me que as minhas amigas(2) também estavam a almoçar por lá.
Dirigi-me à zona da comidinha à procura delas.

Digo-vos: Eu nunca me senti tão perseguida em toda a minha vida!
Sério, por onde quer que eu passava, as pessoas olhavam para mim! Principalmente as raparigas da minha idade, que metiam nojo D:

Entretanto encontrei-as lá numa mesa, e sentei-me com elas. Ficámos por lá cerca de meia hora a conversar sobre tudo e mais alguma coisa, e a rir.
A certa altura, quando olhei para um dos lados, reparei que um bocadinho mais à frente estava uma mesa ocupada com duas raparigas e dois rapazes, que estavam DESCARADAMENTE a olhar para mim.
Bem, uma das raparigas FARTAVA-SE de olhar para mim, ria-se, e por momentos pensei que tivesse algo de anormal na cara, ou no cabelo (depois de ir à casa-de-banho, percebi que não havia "nada de errado").
Volta e meia ela fazia sinal aos gajos que estavam com ela, e eles olhavam para mim. Um deles estava de frente, mas o outro estava de costas, e portanto virava-se para trás de propósito para me olhar.
Bem, descrição não era com eles.

Os rapazes paravam de olhar, mas a miúda estava a abusar.
Paralisei completamente a observá-la. Fixei-me na cara de estúpida dela, e deixei que ela percebesse.
Das vezes que ela me tentou olhar, deparou-se com o meu olhar fulminante. Intimidei-a. Recatou-se.

Uns 15 minutos depois cruzei-me com os amiguinhos dela noutra zona. Voltaram a fitar-me, mas sempre que eu encarava, desviavam o olhar.

Durante o resto do tempo em que por ali andei, passei por vários grupinhos, e tive a oportunidade de verificar que algumas raparigas pelas que passei faziam o mesmo.

Meu Deus, o que há de tão errado comigo???

Bem, embora lendo agora tudo o que escrevi dê a sensação de que não foi nada de especial, posso garantir que tudo o que se passou naquelas horas foi muito intenso. Sério, muito stress, muito nervosismo. Enfim.

O resto do dia decorreu minimamente bem. Não foi óptimo, mas não foi péssimo.
Só espero não ter de enfrentar muitas situações destas nos próximos tempos.


Esclarecimentos:
(1) "amigas" -ironia-: Inês e Carolina - são duas colegas com quem passo maior parte do tempo na escola, embora não sejam exactamente minhas amigas (não as considero). Elas não conhecem este pormenor da minha vida, mas isso porque eu sei que não são merecedoras de o conhecer. Já demonstraram ser ignorantes o suficiente para não entenderem/aceitarem, e fazerem da opinião delas uma verdade incondicional. Além disso, têm uma terrível mania de me fazer sentir mal. Em vez de me ajudarem a aumentar a auto-estima, fazem o contrário. Filhas dos papás, não fazem nada de útil pela sociedade, apenas são simpáticas e aparentemente interessantes.
(2) amigas -sentido verdadeiro-: Cátia, Ísis e Jessica.
- A Cátia sabe quem eu sou desde Março/Abril deste ano (conhecemo-nos em Setembro do ano passado, mas estabelecemos desde logo uma relação muito forte e próxima), já foi comigo e com a minha mãe a uma consulta e tudo! Os pais dela também sabem, e aceitam-me perfeitamente. Digamos que me acolhem como uma segunda filha :D. É a minha companheira de todos os dias, é com ela que eu sou eu, é com ela que me divirto no mundo feminino, é com ela que aprecio os rapazinhos :P (sim, e então? -ahah).
- A Ísis é uma das minhas melhores amigas também. Passo muito tempo com ela, divirto-me imenso. Ela não me julga, faz-me companhia. Acompanha-me nas palhaçadas, nas viagens de autocarro para casa ao final do dia. Não sei porque é que ainda não lhe contei, mas deve estar para breve, com certeza! Sei que ela está à espera que eu lhe diga que "gosto de rapazinhos". Adoro-a, e sei que me vai apoiar.
- A Jessica é brasileira e veio para Portugal com a mãe em Novembro do ano passado. Adoro-a, é fantástica, super querida e doce. Ela faz-me sentir muito bem, faz-me sentir valiosa. Ao contrário da maioria da minha turma, ela mostra ter já muita maturidade, e acredito convictamente que me aceitará e que fará esforços para me ajudar.