sábado, 28 de novembro de 2009

Mais um dia, mas com tristeza acrescida

Não estou com muita paciência para escrever, mas farei um esforço.

O dia não me começou lá muito bem, mas nada que não se aguentasse.

De manhã, na aula de Educação Física, iniciámos a nova modalidade que vamos desenvolver nos próximos tempos: Ginástica Acrobática.
Bem, como é óbvio, tive de fazer a parte que cabe aos rapazes, servir de base para as meninas.
Nunca pensei que me fosse tão difícil! Foram momentos de pânico, para ser franca.
Ter de fazer todos aqueles esforços, aguentar com as raparigas em cima de mim e manter uma postura de rapaz... horrível!



Depois, a coisa do costume: ter de assistir a uma gaja da minha turma a atirar-se ao rapaz pelo qual me apaixonei.
Andam muito próximos ultimamente, e passam algumas aulas juntos... demasiado juntos!
Na aula de educação física, foi simplesmente vê-la cair por cima dele e coisas do género.

À tarde tive teste de Geometria Descritiva.
Correu-me horrivelmente mal.
De 3 exercícios, o último está certo, o 1º não fiz e o 2º tentei, mas suponho que esteja errado.
Não tenho mesmo pachorra para a escola. Estou farta. Mas sei que tenho de me aplicar, tenho de conseguir atingir os meus objectivos.


Depois de um dia cansativo como o de hoje, chegando a casa de rastos e com a lágrima no canto do olho, é chegada a notícia: "a gatinha morreu!".
A minha mãe esperava-me para me dar a notícia.
Caiu como uma bomba.
Custou a cair-me a ficha, mas quando caiu, caiu a sério.
Dali a 2 minutos, estava refugiada no meu canto, feita em lágrimas.
"Uma doença que anda a afectar os gatos", disse o Veterinário.
Quinta-feira ao almoço, quando pousada no chão, a Abou não se aguentava em pé, caía simplesmente. Foi imediatamente levada para o veterinário, onde ficou o resto da tarde, e onde passou a noite de 5ª para 6ª. Hoje, não resistiu.

Sempre que me lembro daquela carinha tão querida, daquele ar doce, e daquele miar encantador, dá-me vontade de chorar.
Não consigo imaginar como terá sido a morte de um ser tão frágil como aquele.
Não consigo imaginar o sofrimento, a angústia que ela sentiu naqueles minutos.
Dá-me vontade de fechar os olhos e não mais os abrir.


Descansa em Paz, Pequenina!

0 comentários:

Enviar um comentário

 

Autora

A minha foto
Sou uma Rapariga Transexual, de 17 anos, numa luta pela sua identidade. Sou sensível, afectuosa, desprotegida, mas lutadora. A minha vida é feita de sonhos e esperanças, mas quero acreditar que um dia vou poder viver como qualquer outra pessoa. Quero acreditar que daqui por pouco tempo serei capaz de ME ser, por inteiro!

Translator

I'm so sorry if this translator is stupid and makes non-sense sentences, but it's the best I have to offer.

Visitas

Desde 09/10/09


Seguidores