Durante toda a minha infância me senti uma menina.
Não uma menina parvinha, demasiado ingénua. Não. Uma menina querida, mas capaz de seduzir um rapaz.
Já com os meus 6/7 anos, sabia como ser sensual o suficiente para provocar alguém do sexo oposto.
Durante muito tempo dei asas à imaginação.
Trancava-me na sala, punha música o mais alto que podia, e dançava no meu mundo, onde ninguém me julgava. Pelo contrário, admiravam-me por ser a menina, a mulher que eu era, e sou.
Passei anos assim. O mais engraçado era como ninguém imaginava o que aquela pequena criança era, na verdade. Pobres deles.
Em 2002, como 9 anos, vi pela primeira vez uma projecção daquilo que eu era como mulher. Nunca, até então, tinha encontrado uma mulher que representasse aquilo que eu sentia de mim mesma.
Estava eu na casa de um amigo, quando vemos na TV uma rapariga, uma mulher, bonita e sensual, que ondulava as ancas como nenhuma outra. Sem dúvida que ela, naquele momento, era tudo menos ingénua. Ela sabia o que estava a fazer, e eu sabia também.
Do meu amigo, uma reacção de "Woow, que 'boa'! :o", de mim, uma reacção de "Woow", mas com um significado bem mais profundo.
Eu sabia que queria ser assim. Queria ser sensual, admirada.
Desde esse dia, sigo a sua carreira, independentemente de tudo. Foi com ela que desenvolvi o meu gosto pela Dança do Ventre, que ainda hoje vou aperfeiçoando. Admiro-a por ser a pessoa que é, doce e admirável, linda e fantástica.
Deixo aqui o vídeo que marcou a minha vida nessa altura (embora já não seja propriamente a minha "onda"), e que proporcionou um momento que jamais me sairá da memória.
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domingo, 8 de novembro de 2009
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