terça-feira, 16 de novembro de 2010

Farta do preconceito no meu dia-a-dia - I

Se soubessem o quanto eu estou cansada de ter de levar com tanta coisa no meu dia-a-dia.
Estou tão farta, fartinha, das pessoas, das pessoas em geral.
Eu sei que há aquelas que são inofensivas, aquelas que respeitam e que têm educação, sei que há aquelas que se deixam estar no cantinho que lhes pertence e não violam o espaço dos outros, mas a verdade é que, infelizmente, essas pessoas são uma minoria.


Estou super cansada de ter de levar com o sentido de humor pouco inteligente e completamente descartável de muita gente, gente essa que é tão inútil, tão insensível, tão vazia a nível de sentimentos, que acha que o "fixe", que o "engraçado" é fazer pouco dos outros. Estou cansada.

E odeio de morte aquelas típicas raparigas adolescentes que se acham, que pensam que o mundo gira à volta delas, que são "giras" e "boas" e que são as maiores, e que passam por mim e me olham com cara de parvas, como se eu fosse a coisa mais "fora de moda" que já viram.
Por minha vontade, era um par de chapadas a cada uma, a ver se acordam para a vida e se ganham alguma utilidade para a sociedade.

E depois, o que mais me deixa perplexa é ver que há pessoas mais velhas, que já deviam ter outro grau de educação e mesmo de juízo, que são capazes de alinhar nessas atitudes infantis.


Para relatar uma situação que aconteceu hoje na escola:

Agora ao final da tarde fui à reprografia da escola pedir um computador que a Cátia tinha requisitado. Quando chego, está lá o senhor que faz o turno da noite (chamemos-lhe "Senhor R"), e estavam dois colegas meus.
Heis que um deles fala em "arranjar um aprendiz" ali para a reprografia, ao que o Senhor R corrige para "uma  aprendiza". Daí diz que teria de fechar os estores da reprografia, para ela "aprender melhor". Parte para a ideia dela ter de usar "mini-saia", e um dos meus colegas diz que ela teria de esfregar o chão.

Desataram às gargalhadas, os três. Eu, no meio disto, tinha pedido com educação o tal "Computador nº 2", quando tinha chegado.
No meio de tanta gargalhada, na qual não participei, como é óbvio, heis que o Senhor R, não sei a que propósito, se vira para mim e diz algo do género, ainda entre guinchinhos:
- "Querias o quê? Era o quê? O computador... nº 3? Ah, 2!"
Quando mo vai a entregar, diz algo como:
- "Toma lá! Pode ser que tenha aí o estojo da limpeza!"

Epaaaah, tipo: ORDINÁRIO! ORDINÁRIOS!!
Que raio, porque razão é que ele resolveu dizer-me aquilo???
Opah, fiquei em choque! Saí de lá no meio de uma 2ª maratona de gargalhadas deles. Que nojo!!

Odeio-os! E de pensar que um desses meus colegas era um rapaz que eu gostava tanto, e tratava tão bem. Perdi-lhe o respeito todo. Que vá crescer um bocadinho antes de me dirigir a palavra.
            
Estou completamente de rastos com o dia que foi hoje. Chiça!
    

2 comentários:

Dina on 2 de dezembro de 2010 às 02:40 disse...

Realmente _ _´

Andreia on 2 de dezembro de 2010 às 07:20 disse...

Enfim, é assim...

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Sou uma Rapariga Transexual, de 17 anos, numa luta pela sua identidade. Sou sensível, afectuosa, desprotegida, mas lutadora. A minha vida é feita de sonhos e esperanças, mas quero acreditar que um dia vou poder viver como qualquer outra pessoa. Quero acreditar que daqui por pouco tempo serei capaz de ME ser, por inteiro!

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