Não tenho mais força para lutar por nada, nem por mim, nem pelo António.

Dependendo de como me sentir, amanhã vou pedir ao António para falar com ele a sós. Vou-lhe dizer algumas das coisas que me vão na alma, vou-lhe dizer o quanto sofro com tudo isto, e vou definitivamente pedir-lhe que esqueça tudo o que lhe contei, que esqueça tudo e que se afaste de mim. Vou-lhe pedir que aja como se não me conhecesse, e vou dizer-lhe que vou tentar fazer o mesmo.
É claro que não é isto que eu quero, é tudo o que eu menos quero, mas é o que vou fazer. Com isto, das duas uma: ou ele vai mudar de atitude e passar a fazer um esforço por mim, ou então vai atender ao meu pedido. E por mais que me custe, e acreditem que vai custar muito muito mesmo, hei-de esquecer o impacto que ele teve na minha vida.
Lembram-se de eu ter pedido à Cátia para falar com ele? Ela tinha dito que iria falar, e que tinha entendido qual era o objectivo.
Hoje, no autocarro, ela disse-me que afinal não ia falar, que eu é que tenho de resolver isto, e ainda me disse que "O António está muito bem com a Jessica".
Não sei a que propósito ela me disse isto, até porque não tenho qualquer esperança com ele. A única coisa que eu queria neste momento era que ele me entendesse, acreditasse em mim, e ficasse do meu lado, como ele me fez acreditar que seria.
Só sei que mal ela saiu do autocarro, rebentou-se-me tudo. Desatei a chorar ali mesmo, foi demasiado duro ouvir aquilo. É demasiado duro pensar que tenho de esquecer, que tenho de esquecê-lo.
Vou-me afastar do António, não dá. Vou-me afastar da Cátia, ela foi cruel e demonstrou não entender aquilo que eu sinto, é o que faz ter a vida demasiado facilitada. Vou-me afastar de todos, vou isolar-me e dedicar-me a mim mesma, vou focar aquilo que realmente importa: escola e transição. Ponto.
(é nestes momentos que eu dava tudo para ser uma pessoa fria e insensível)
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