sexta-feira, 7 de maio de 2010

Preferia não ter visto

Bem, nem sei por onde começar...

Hoje foi um dos tantos dias em que o Pedro, e aquela gaja da minha turma que andava descaradamente a atirar-se a ele, estavam afastados e não se falavam. Nada de extraordinário, já aconteceu o mesmo várias outras vezes.
Supostamente, ele já estava farto de a ter sempre a reboque. Ela cola-se a ele a toda a hora, vai com ele para todo o lado... não há nada que ele possa fazer sem que ela esteja por perto.
Digo que supostamente, porque hoje foi o derradeiro dia.
Depois da hora de almoço fui com algumas das minhas amigas para as mesas do bar da escola. Umas estavam a  preparar as apresentações que iam fazer em Português, e nós que restávamos, estávamos pra lá sem fazer nada, sossegadas.
O Pedro e a gaja estavam no outro lado do bar, junto à entrada, onde há uma porta pró corredor e outra para o exterior.

A certa altura decidi ir dar uma volta, peguei na mochila e levantei-me.
Ao dirigir-me à saída, não deixei de reparar que eles já não lá estavam.
Continuei a andar, e pouco mais à frente, calhei de olhar pela janela que dava para o exterior, e o que vejo eu?
Vejo o Pedro a beijá-la, com toda a calma com que eu sonhei algum dia ser beijada por ele.

Não me deu outra vontade senão correr dali pra fora, sentar-me a um canto e chorar. Afogar-me nas lágrimas de uma desilusão, de uma frustração e de todos os sentimentos que me habitaram naquele momento.
Escusado será dizer como me sinto agora.

Estou arrasada.

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá Andreia,

Passei aqui para deixar umas palavrinhas.
Realmente foi uma situação muito desagradável, espero que o teu coração esteja a recuperar dessa desilusão.

Espero que estejas melhor...


Força.

Um abraço

Angelita/Devilita

Voei...

Andreia on 13 de maio de 2010 às 15:42 disse...

Hello!!

AAhh, muito obrigada pelo comentário! :D
Fico feliz sempre que vejo novos comentários ;)

Sim, estou a recuperar... aliás, acho que este foi o pontapé de que eu andava a precisar para esquecer de vez. (:

Beijos *

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Sou uma Rapariga Transexual, de 17 anos, numa luta pela sua identidade. Sou sensível, afectuosa, desprotegida, mas lutadora. A minha vida é feita de sonhos e esperanças, mas quero acreditar que um dia vou poder viver como qualquer outra pessoa. Quero acreditar que daqui por pouco tempo serei capaz de ME ser, por inteiro!

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